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A mostrar mensagens de setembro, 2010

uma vida sobre rodas

Ele só consegue recordar-se do antes e do depois, o durante foi apagado da memória, dizem que é apenas uma forma de defesa do seu organismo, que se esquecer aquele choque vai ser melhor para si. Ela leva-o para casa e instintivamente dirigem-se à varanda. Nenhum deles precisou de dizer uma palavra, ela sabia que era ali que ele mais gostava de estar e ele sabia que não precisava de lho pedir para que ela soubesse que o queria. Viu-o fechar os olhos, percebeu que inspirva profundamente a brisa marítima... Quem me dera poder dizer-lhe o que estou a sentir, mostrar-lhe o quanto tudo isto me faz feliz, o quanto ela me faz feliz! Maldito acidente! Ainda posso ver o mar, ainda posso ver o seu rosto mas... será que algum dia vou voltar a poder dizer-lhe que a amo? Sei melhor que ninguém a resposta a esta pergunta... O meu corpo jamais me deixará voltar a pronunciar tal palavra... ou qualquer outra. Não voltarei a sentir o salgado do mar quando estivermos a brincar nas ondas, não voltar