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A mostrar mensagens de 2010

Cinquenta Mil Graus Abaixo de Zero

Está calor! As raparigas pões vestidos curtos, estampados, de preferência com o biquini por baixo e tudo em tons claros para que sobressaia o bronze. Usam chinelas, pintam as unhas dos pés, uma pulseira no tornozelo e a flor no cabelo é a cereja no topo do bolo. Está calor! Os rapazes usam camisolas sem mangas e exibem os torneados braços. à noite não dispensam as calças de ganga porque os calções às cores apenas lhes dão o 'ar' na praia. Uma pulseira ou um colar de surfista e fazem uso da pele bem dourada. Está calor! Os corpos olham-se na praia e tocam-se na noite. Uma ou outra vez... Uma e outra vez... E tornam a tocar-se... Depois já é de dia e de noite... Parece que dá charme exibir, na praia, um corpo bem desenhado deitado numa toalha ao lado da nossa, é aquela eterna glória "tu queres, eu tenho!". Passou o calor... Os corpos deixaram de andar despidos... Deixou de haver pranchas de surf debaixo do braço... Acabaram as madrugadas nas dunas e os banhos a

um ano

Janeiro 16! Promessas por cumprir, objectivos APARENTEMENTE cumpridos. Fevereiro O início e o início do fim. Março O fim! O arrependimento! Abril A ilusão! Maio Aqui começou o meu LONGO ano! Foi aqui que me apaixonei por ti. Nunca me tinha acontecido ter um dia, aquele dia certo em que pudesse dizer 'foi neste dia que me apaixonei', contigo sei exactamente que foi naquela noite que me apaixonei! Foram horas a fio a olhar-te de longe, a delirar com a tua silhueta sem ainda imaginar quem tu eras, sem nunca pensar que virias a tornar-te num confidente, sem poder supor sequer que te conheceria melhor que a maioria das pessoas. Junho Foi o início do sonho, o começar a acreditar, o achar que podia ser possível, o sentir que já estava perto, a certeza de que o passado já não afectava e o revelar de um novo eu feito para o teu tu.  Julho/Agosto Atingi o quase auge! Ter-te por perto, sempre, sem reservas, sem mal entendidos, sem dúvidas. Aprender a tua língua, falar

maçã e canela

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Lembras-te quando entrelaçaste os teus dedos nos meus? Eu ainda sinto as tuas mãos. Lembras-te quando puxaste o meu corpo para o teu? A minha pele ainda tem o teu cheiro. Lembras-te da primeira vez que nos beijámos? Ainda consigo descrever cada pormenor. Lembras-te do nosso último beijo? Os meus lábios ainda anseiam o próximo. Lembras-te do toque da minha língua? Ainda consigo saborear a tua. E, no fundo, tudo isto não passam de meras recordações, lembranças que só para mim fazem sentido, sonhos que por momentos foram realidade. És bem real e eu gostava que fosses a minha realidade, gostava de poder fazer de ti o único HOMEM feliz no mundo, atingindo um nível que mais ninguém fosse capaz de tocar, gostava que visses o teu reflexo nos meus olhos e te sentisses completo, sentisses que isso bastava para seres feliz! Mas como há sempre um mas... isto não é possível! Porque u não sabes ver-me dessa forma, porque, apesar de eu ter a certeza que serias capaz de

vertigem do teu vazio

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Sabes quando saltas à espera que alguém esteja disposto a estender os braços para te apanhar? Assim estou eu, em queda livre, sujeita a uma única força que não a gravidade, a paixão. Quando cheguei e senti a temperatura, sabes o que me apeteceu? Largar a mala e sentar-me ao teu lado, só para sentir o aconchego dos teus braços, para adormecer no teu colo e saber que quando acordasse tu estarias lá, do meu lado, com um sorriso rasgado que dizia que me querias tanto quanto eu a ti! Largar a mala e correr para o teu abraço, dar-te um beijo quente adocicado pelo meu nariz gelado, entrelaçar os meus dedos nos teus e respirar fundo de felicidade. Largar a mala e ver o teu imenso sorriso, o teu olhar encantador que me observa sem pudor, que me despe sem tabus e que me deseja a cada instante. Largar a mala e ficar contigo, ficar para sempre! Casar na praia ao pôr-do-sol, levar-te o pequeno-almoço à cama, acordar-te com um beijo do meu corpo nu, fazer-te querer-me mais, fazer-me q

há quem lhe chame sabedoria popular

Em consequência de uma conversa sem aparente conteúdo deu-me para pensar em ditos populares e no quão disparatados e quão errados estão, por vezes, pelo menos para mim. Cão que ladra não morde! Para mim, todos os cães mordem mas, daqueles que não ladram, não estamos à espera e, por isso, dói mais. Porém, os que ladram vão dando, também, as suas dentadinhas de vez em quando mas no meio de tanto barulho nem sentimos a dor. Azar ao jogo, sorte ao amor! Pensando num simples jogo de sueca, há que saber jogar com as cartas que se tem na mão mesmo quando a única vontade é arrear o jogo. O meu naipe favorito é o de copas mas o rei teima em não querer nada comigo, nunca está na minha mão. Podemos também pensar no jogo que estou a construir e que foi plagiado, menosprezado a minha originalidade, o que, provavelmente, me vai custar a nota. Azar ao jogo, verificado. Sorte no amor é que é mentira! A mulher quer-se pequenina como a sardinha! Este foi-me dito, há pouco tempo, por uma pro

devaneio

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Vivemos num mundo sedento de vingança, de sangue, de topo, de ser os melhores. Trinco o lábio. Sou invadida pela imensa vontade de te ter. Todos me dizem «Isso só te faz mal!». É um vicio impossível de controlar. Qual tabaco ou alcoól? Bem maior, bem melhor! -só mais um desabafo, sem grande nexo...

Porta nº 10

Chegaste de forma subtil, sem pré-aviso. Entraste sem bater à porta, limpaste os pés no meu tapete e sentaste-te no meu sofá de pele. Puseste-te à vontade e esperaste que eu desse conta que estavas ali. Há muito que eu sabia que virias, só não queria acreditar. E, depois, facilemnte percebi que já cá estavas, só não queria dar a entender. Pensei que a minha indiferença te explusasse dali, te fizesse perceber que estavas em propriedade privada, em alma alheia mas tu deixaste-te ficar. Primeiro isso irritou-me, depois habituei-me à ideia e, por fim, já era eu quem queria que ficasses. E tu ficaste... Foste ficando e, aos poucos, conheceste os cantos à casa pois tinhas bilhete à borla para todas as divisões. Um dia, bateste na porta do meu quarto e abriu-se, para ti, aquela que é a entrada para o mais fundo do meu ser, o meu coração. E foi aí que, de mãos dadas com a esperança, bailaste. Porém bailaste pouco tempo, não eras a cinderela mas o teu relógio tocou a balada da desped

Boneco Branco e Negro

É a arte de saber amar -te desinteressadamente. É rever-me nesses teus olhos castanhos que me levam ao infinito. É navegar no teu sorriso . É querer estar mais e mais perto. É ser capaz de ir daqui à Lua a nado por ti . É querer e não conseguir, é querer e não poder, mas é querer sempre, sempre, sempre! É querer-te a cada instante, na mais infima parte do segundo, porque te adoro e porque faria tudo para te ter ao meu lado, todos os dias, sem reservas nem receios .

não é rebaixarmo-nos, é elevarmos outro alguém

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Hoje o meu pensamento reside em ti, só em ti. Centro-me em tudo o que dizes, em tudo o que fazes, no teu rosto, na tua pele, nos teus lábios a beijarem-me ao de leve. Lembro-me do teu cheiro, do teu toque, do som do teu respirar. Penso no teu sorriso e sorrio contigo, fecho os olhos, peço que o momento se eternize, sinto que és meu, sinto que sou tua. Não me interessa se é correcto, se faz sentido, se és o certo, pois para mim és o único, o verdadeiro, o mais acertado, o mais desejado, o mais adorado, para mim és o caminho a seguir. E, digam o que disserem, venha quem vier, eu confio em ti, nos momentos que me dás, na felicidade que eles traduzem... Pois sem ti, o meu dia seria vazio, sem cor, sem vida! - Isso bateu-te forte!

uma vida sobre rodas

Ele só consegue recordar-se do antes e do depois, o durante foi apagado da memória, dizem que é apenas uma forma de defesa do seu organismo, que se esquecer aquele choque vai ser melhor para si. Ela leva-o para casa e instintivamente dirigem-se à varanda. Nenhum deles precisou de dizer uma palavra, ela sabia que era ali que ele mais gostava de estar e ele sabia que não precisava de lho pedir para que ela soubesse que o queria. Viu-o fechar os olhos, percebeu que inspirva profundamente a brisa marítima... Quem me dera poder dizer-lhe o que estou a sentir, mostrar-lhe o quanto tudo isto me faz feliz, o quanto ela me faz feliz! Maldito acidente! Ainda posso ver o mar, ainda posso ver o seu rosto mas... será que algum dia vou voltar a poder dizer-lhe que a amo? Sei melhor que ninguém a resposta a esta pergunta... O meu corpo jamais me deixará voltar a pronunciar tal palavra... ou qualquer outra. Não voltarei a sentir o salgado do mar quando estivermos a brincar nas ondas, não voltar

Dos pés à cabeça, TEU

Na televisão, de manhã, começam as notícias com um cronómetro em contra-tempo. É aí que aparecem as novidades do dia. Escândalos, explosões, mais um aumento do iva, desporto e uns fracos minutos culturais. A mesma rotina, no entanto, os repórteres limitam-se a mudar os títulos, as palavras, os locais… A população fica encantada e informada, excepto eu. Eu já não recebo notícias tuas há mais de um mês. Dizias que ligavas quando chegasses, mas nem uma mensagem foste capaz de mandar. Eu sabia que esta distância só ia provar que tu nunca me amaste. Era evidente que ias esquecer-te de mim assim que deixasses de me ver, mas tantas vezes negaste que me fizeste acreditar que podia ser possível esse sentimento que eu idealizei. Eu lá no fundo sabia! Nunca respondeste às minhas cartas, não ligavas às mensagens, era raro atenderes o telefone. Nunca quiseste que tirássemos uma foto juntos e recusavas dar-me a mão em sítios públicos. Mas perante tudo isto, só uma dúvida me atormenta: “

Relíquia

Vigias, observas, conheces, espreitas, interrogas e concluis. Tomas precauções, adquires o material e a coragem necessários. Sonhas, divagas, duvidas. Decides agir! Numa noite tranquila e quente, ele saiu até à varanda. Queria sentir a brisa, contar as estrelas… Assim o fez, mas nem tudo ia correr como esperava. Ao cabo de alguns minutos, ouviu um barulho, mas não se preocupou, era algo comum. Qual não é o seu espanto quando vê, subir pela grade, a sua maior amiga. Ficou boquiaberto! E inquiriu «Que estás a fazer aqui? És louca!». «Estava na cama, a pensar, a pensar e apareceste. Apercebi-me que não me lembro de te ter feito uma surpresa, de te ter oferecido uma flor, de gritar ao mundo o quanto significas ou simplesmente de relembrar as tuas alegres palavras quando estou sem alento para seguir. Pois bem, aqui estou eu para mostrar que te amo, que o apreço que tenho por ti alcança todas as barreiras! Estou aqui para ter a certeza que sabes o que és. Sei que

- eu por ti

Enfio-me aqui. Fiz disto a minha salinha de estar, o meu cantinho de pensar, de escrever, de ler, de reflectir, o pedacinho do dia que serve para conversar comigo própria é aqui que acontece. Mas que sítio é este, afinal? Pois bem, não é mais do que uma varandinha em frente ao quarto, com dimensões modestas e mozaico no chão. Sentada numa cadeirinha de praia... Passamos imenso tempo a pensar em coisas fúteis. Preocupamo-nos com unhas partidas, cd's riscados, telemóveis modernos, televisão por cabo, preocupamo-nos em "angariar fundos" para um iPod novo ou uma bola xpto. Podia estar a pensar nas inundações do Paquistão, no incêncido do Gerês, na fome em África... Porém, penso somente em ti. Esforço-me por entender e explicar esta preocupação que me invade, este medo de te perder ou de deixar de ver aquele menino que em tempos conheci. Brincámos tantas vezes. Éramos da mesma cidade, da mesma escola e foi na capital que nos conhecemos. E daí até termos o que
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Colocar o nome de quem ofereceu : Rita Vaz , http://ariita46.blogspot.com Responder à pergunta : "O que têm em comum o amor e a simplicidade ?" r: Não precisam de ser longas nem complexas as palavras para definir o amor. Obviamente, cada um de nós terá a sua definição, o seu modo de explicar. Pois para mim é a renúncia em prol de outro, é a entrega total do seu ser, sem reservas, luxúrias ou postos. Na simplicidade as coisas funcionam também dessa forma, sem reservas, luxúrias ou postos. Feliz, sem dúvida, daqueles que podem ter como sua característica a simplicidade.   Oferecer o selo a três mais pessoas : - O Resto é Silêncio , http://catiamarisa.blogspot.com/ - Suspiros , http://suspiroshm.blogspot.com/ - Refúgio , http://refugiodeemocoes.blogspot.com/

aqui e agora

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Estou com uma imensa vontade de escrever mas sempre que me sai uma frase, apago; sempre que penso num tema, não gosto e sempre que penso em largar a caneta, não consigo. Podia pôr-me aqui a divagar sobre nada mas penso que isso, há muito tempo, perdeu o interesse, apesar de ser aquilo que estou a fazer agora mesmo. A verdade é que o acto de escrever desde sempre existiu na sua vida. Pensam vocês «existiu na de todos desde que entramos na escola». Mas não é isso que quero dizer, desde muito pequenina que recorda a ansia de saber escrever, a vontade de aprender letras para depois poder ser ela a desenhá-las e para poder perceber as que os outros faziam. Porém, nada disto despertou nunca a sua atenção, era só uma menina bem comportada, que gostava de ler e de aprender. Com o passar do tempo e o florescer da adolescência, apareceram as grandes emoções. Começaram a ser-lhe familiares os dias em que a vontade de chorar era imensa mesmo que sem razão aparente. Chegou o momento em
Obrigado pelo sol e pelo vento pelo azul do firmamento e pela estrela que há em mim. Obrigado pelo tempo que passou, pelos passos, pelos voos e pela estrela que há em mim. Obrigado por esse briho no olhar, por essa chama que me queima. Obrigado pela estrela que há em ti. Obrigado pela estrada percorrida, por esse dom, por essa vida. Obrigado pela estrela que há em mim. Obrigado pelo sorriso da criança, pela saudade e a lembrança de alguma estrela que brilhou. Obrigado pela presença que não passa, pela esperança que me abraça, pelo silêncio que há em ti. Obrigado por essa voz que em mim habita, por essa mão que necessita de outra mão que saiba amar e ser feliz. Obrigado por esse adeus que é boa nova, por esse olhar de boas vindas pela estrela qu'inda no meu céu. - se alguém souber o nome do autor, agradecia que me dissessem - Agradeço do fundo do meu coração, às vozes que deram vida a esta melodia naquele 24 de Abril, particularmente à Inês Gomes, ao A

Há que dar algum crédito .

Sentei-me na cadeira do dentista e dei por mim, subitamente, a pensar em mim, em ti, em nós, em tudo o que nos uniu, tudo o que nos separou (se é que algo nos separou)... Dei por mim a questionar assuntos inquestionáveis, a reviver momentos nunca antes vividos, a trautear letras de melodias sem letras, a discutir comigo própria decisões de carácter governamental (tudo isto enquanto estava de boca aberta e com montes de aparelhos lá dentro), enfim , dei por mim a pensar no impossível tentando tornar abstracto tudo o que era concreto e vice-versa. Bem, na verdade não foi nada disto (ou talvez até tenha sido, quem sabe?). Tudo isto são divagações, sem grande nexo, que me vão surgindo quando menos espero e quando faço por aparecerem. Mas porque, para mim, escrever é fonte de vida, aqui estou eu a passar para esta espécie de papel o que me vai na alma. Adorava que isto fosse lido com aquele tom meio irónico da professora Teresa Sá.

Respiras arte, Fipa

As luzes acendem-se, é lançada a música de fundo e sai a primeira modelo seguida de todas as outras. O público comentava, espantado e deliciado, a irreverência, a originalidade e a singularidade de cada peça exposta. O desfile levou os fotógrafos ao rubro. Os flashes ofuscavam os holofotes e intimidavam-se uns aos outros, atropelando-se. Os blocos de notas não paravam de ser percorridos pelas canetas e, folhas atrás de folhas, cheios de rasgados elogios ao evento. Evento este que, no dia seguinte, seria noticiado em todas as revistas de moda, em todos os jornais informativos e até a televisão e a rádio dispensaram pedaços dos seus programas para tecer inúmeras críticas positivas a este "maravilhoso espectáculo" como tantos viriam a apelidá-lo. Jovem atrás de jovem, vestido atrás de vestido, acessório atrás de acessório, tudo parecia estar em perfeita harmonia com o meio envolvente. A sala era rústica mas com exemplares únicos de arrojados elementos de decoração. Tudo f
Foco sobre o piano, que começa a tocar. Foco sobre a guitarra, que o acompanha. Foco sobre o microfone, foco sobre quem o agarra. A boca abre-se, a melodia continua, saem palavras, saem sons, sai brilho, sai magia. Os escassos três minutos de som passam em três segundos e sente-se na voz uma única certeza «EU AMO ISTO!». Os olhos fecham-se, a voz cala-se e o piano e a guitarra dão lugar aos aplausos entusiásticos, elaborados de pé. Plateia ao rubro. Flores a cair no palco. Cartazes com o nome. Lágrimas a cair. Vitória contagiante. - Catarina, acorda! Desde sempre o sonho e para sempre o sonho.

Palavrinhas Cruzadas

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Entrelaço momentos com memórias, sobreponho recordações, coloco no sítio certo cada barreira sem nunca consultar as soluções para tomar uma decisão. Aqui não há exercícios resolvidos. Faço do meu dia um jogo de palavras cruzadas em que um largar da caneta é morrer. Aqui a borracha não actua e o corrector não existe. Desistir é atitude proibida e mudar de página, só quando todos os assuntos estiverem resolvidos, só quando o jogo for fechado. O bom das palavras cruzadas é que não existe GAME OVER. Quando o livro acabar, haverão sempre outros para preencher. O jogo só acaba quando o único jogador, eu, parar de escrever.

Mudança ..

Olhas à volta e tudo mudou... Os peluches foram substituídos por livros e o cantinho dos brinquedos por amontoados de roupa suja que, por preguiça, ainda não puseste a lavar. Abres o armário. Onde estão as roupas coloridas, aparentemente miniaturas? Desapareceram! Existem agora calças de ganga de vários tipos, t-shirts escuras, enfim, a permanente monotonia. Vês as fotos antigas, que a tua mãe teima em dar a conhecer ao mundo, fotos que já te envergonharam, numa ou noutra situação, e que agora te despertam a verdadeira melancolia. Que é de ti? Que é daquela criança matreira? Morreu? Não acredito! És capaz de me fazer crer que não tens saudades dela? Todos têm! Enfim... O Tempo passa! Enfim... O Homem cresce! Enfim... O Mundo avança!
Passaram uns dias e parece que não falo contigo há anos. Eras a última pessoa que eu imaginava nesta situação. Sempre me pareceu tudo tão seguro. Desculpa. Eu amo-te MP
Cabelo ruivo desgrenhado, sardas no nariz, sempre jeans e t- shirt , sempre tudo desalinhado e desajeitado. Assim era ela! Gel bem aplicado nos caracóis negros, dando-lhes sempre um aspecto molhado, olhos verdes e brilhantes dentes brancos, usava sempre camisa e sapatos de vários tipos, mas nunca sapatilhas. Assim era ele! cruzavam-se todos os dias na redacção do jornal, onde ambos trabalhavam. Ao invés do que seria de esperar, ela nunca tinha reparado nele, contrariamente a todas as mulheres. Já ele, achava-lhe imensa graça. O seu ar pouco cuidado destacava-a das outras mulheres, que apenas se preocupavam em estar bem e apresentáveis. Ouvira-a várias vezes responder a colegas desta forma «Eu valho pelo que sou e não pelo que visto! Não me preocupo com isso!». As colegas ficavam boquiabertas pois, perante o seu modo de vida, aquela mulher era quase uma aberração. Essa diferença prendeu várias vezes a atenção dele. Num daqueles dias em que a edição não está pronta e precis
Sussurros simples, suspirados ao ouvido Musicados por pequenas fragrâncias doces Que num abraço apertado Se transformaram em pura beleza! Foi o sol que reinou em ti, Foi a vida que brilhou em mim, Foi o reflexo de uma certeza Que acabou por se eclipsar na brisa!
1 ano na blogosfera :)
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Emaranhada entre uma baralho de cartas e capuccino quente, vou atirando para cima da mesa, num gesto meramente mecânico, as cartas que me parecem mais indicadas (ou talvez, somente, as que estão mais à mão no momento) - sim, porque mecânicamente ninguém pensa nem consegue tomar decisões decentemente, mesmo que se resuma a um simples jogo de cartas. Navego, não sei bem por onde, vou divagando (para ser mais precisa). Sem tomar nenhuma decisão concreta, penso sobre variados assuntos e vou tomando a minha posição em relação a cada um (um dia, pode ser preciso ter uma conversa séria com alguém sobre algum deles e convém que tenha a minha opinião. Que parvoíce! Que estou eu a dizer? Tomo a minha posição porque é inevitável e porque eu sou assim mesmo.). Sinto-me, por instantes, oca. Dentro da minha cabeça circulam apenas pequenas palavras que conversam umas com as outras, enquanto o exterior se move a um ritmo bastante mais lento e emite sons indecifráveis (o que não me incomóda min
Vede sempre o lado melhor das coisas e não o pior. Mas o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem. B.P.
Sinto que perdi o dom! Se soubessem quão triste estou... Quando comecei a acreditar que podia ser real, que não era assim tão impossível, deixei de conseguir! É frustrante querer escrever e não conseguir, sentir que tudo o que sai é palha, apenas repetições de tudo o que já foi dito. Escrevo uma, duas, três frases e no final risco tudo, está sempre tudo mal. Se algum dia o tive, agora perdi o dom!

RN

Ás vezes olhamos em torno e no meio de uma multidão detectamos um vazio . E por mais pessoas que possam cruzar o nosso caminho , o vazio permanece lá porque cada pessoa tem o seu lugar e a que ocupava aquele eclipsou-se. Conquistamos mundos e vitórias, disfarçamos a ausência com supostas felicidades, com a aparente resignação, com um olhar de soslaio fingindo que já nada afecta. Mas nunca é real, quem deixa um vazio, deixá-lo-á para sempre! A não ser que volte a ocupar o seu lugar e volte a viajar connosco nesta montanha russa de emoções, neste desejo desenfreado de ser feliz, neste encadeamento de fracassos e sucessos, nesta certeza infinita de que a vida é o melhor do mundo.
Era triste! Não, não, mais que isso, muito mais que isso, era o pior dia das nossas vidas. A angústia sentida era expressa em cada silêncio e a pergunta era sempre a mesma, um simples e enigmático "Porquê?". Era estrondoso o barulho que cada lágrima emitia ao escorregar pelo rosto! Olhei-te, divagavas no vazio. Voltei a olhar, fitavas o céu enquanto os teus olhos se inundavam, aproximei-me e abracei-te, pousaste a cabeça no meu ombro e chorámos, chorámos por todo aquele cenário que não podia ser mais negro. Naquele dia chorámos todos! Despimo-nos de preconceitos e ali todos eram iguais, todos precisavam de um abraço, todos tinham o mesmo propósito: dar tudo o que tinham para poder melhorar o que fosse possível! Ele sorria, desarmava-nos completamente, exibia e realçava somente o orgulho e tinha como pré-definição que a saudade é somente a prova de que o passado valeu a pena! 1 ano