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A mostrar mensagens de 2012

A sociedade que cheira a sovaco

A partir de: Mas os portugueses são pequenos mortos carregados de bandos de filhos. Lastimam-se, lamentam-se, queixam-se; só raramente protestam, só raramente se indignam; falam baixo. Raquíticos, supersticiosos, ignorantes, obesos, confundem passado, presente e futuro, embebedam-se, escarram no chão, batem nas mulheres, recriminam-se uns aos outros, investem-se de mitos primitivos, habitam espaços reduzidos em bairros infectos, elevam o som  das rádios para lá de limites suportáveis, discutem futebol toda a semana, crêem na má-sorte, acreditam no milagre de Fátima, amontoam-se, tornam-se patéticos com a modéstia objecta dos seus desejos; voltam a embebedar-se. Ei-los maltratados, agredidos, feridos, arranhados; e resignam-se à ilusória ficção de que, quando contam as suas desgraças, são escutados com reverente compreensão e simpatia. E fazem-no sem pudor. Satisfazem-se demonstrando as suas misérias; até publicamente. Nas bichas dos carros eléctricos, no interior dos autocarros ap

A necessidade do toque

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Essa história das horas iguais que fazem lembrar as pessoas de quem gostamos, é só uma desculpa para enviar mais uma mensagem, para ter mais um tema de conversa. Ninguém pensa na pessoa de quem gosta, só porque viu horas iguais. O que acontece é que quando gostamos, só há uma cara, um sorriso, uma voz, um olhar e um nome no nosso pensamento e, por vezes, por acaso, olha-se para o relógio e pumba, lá estão as horas iguais. Quando estamos apaixonados e, por algum motivo, temos uma música, um cheiro, qualquer coisa que nos ligue à tal pessoa, aquela passa a ser a nossa música favorita, o odor que mais ansiamos sentir só para nos sentirmos mais perto daquele alguém. Tudo o que fazemos circula em torno de uma só pessoa, nem que isso seja inventar novas formas de o irritar, de o provocar, de o fazer agarrar-te mais, de o fazer barafustar, qualquer coisa serve desde que isso implique tê-lo em contacto contigo. Amores platónicos são sublimes mas utópicos! Ninguém se contenta com o sor

O início!

"Amigos são pessoas com boas intenções que, à medida que o tempo passa, sobem patamares na nossa admiração. Quatro dias de convivência não permitem, de modo nenhum, conhecer as pessoas e, portanto, por muito que eu apregoe boas intenções, nada vos dá garantias de que eu seja o que vos pareço. Porém, afirmo sem qualquer reserva, que a caloira chorona é mesmo assim e nenhuma cebola interviu. Da primeira vez que falei convosco, ambos entraram de imediato para a minha lista de propostas a padrinhos e a razão eu nem sei bem entender, quanto mais explicar. A verdade é que a escolha foi facilitada pela vossa disponibilidade e pelo carinho com que sempre me trataram. Coimbra é uma cidade de histórias de amores e desamores. E que é a amizade se não uma forma de amar? É isto que eu tenho para vos oferecer: a minha amizade, aquilo que sou e valho. Pedindo apenas que não me deixem percorrer sozinha este caminho que se aproxima, basta-me saber que vos tenho por perto, a amparar-me nas
Não me saias do peito coração, já falta pouco...

WC, sweet WC

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A pior coisa que pode acontecer-nos quando estamos de visita em casa de alguém: dar-nos uma dor de barriga daquelas que temos de correr, que nem loucos, para a casa de banho. Como se isto não fosse suficientemente mau por si só, há sempre aquelas pessoas que têm, em casa (mais claramente na casa de banho), portas que não fecham em condições, não têm chave ou não trancam (e agora que penso nisso, a minha também não tranca). Todos nós já experimentámos o medo terrível de sermos apanhados de calças nos joelhos e com aquela típica cara de esforço anal. E pior é quando a porta fica muito longe da sanita deixando-nos completamente desprovidos de qualquer arma que possa ser útil para prevenir uma entrada relâmpago. Quando finalmente satisfazemos a nossa necessidade e estamos aliviados pela possibilidade de flagrante ser reduzida, olhamos para o lado e, ups, PAPEL HIGIÉNICO?! Pois é! Os deuses, lá no Olimpo, acham sempre que mais um embaraço nunca é demais, lá estamos nós de rabo nu

dorme.

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"Está fresco, mas não demasiado. Ouço os grilos, mas não incomodam. Tudo na medida certa..." A noite já vai escura, hoje mais escura que as habituais noites de Verão Hoje as nuvens subiram ao trono e reinam (quase) implacáveis. Não é uma noite sorridente, daquelas que passamos sentados na rua à conversa com os amigos. Mas também não é uma noite tiritante, daquelas em que só estamos bem fechados, debaixo de cobertores bem quentes. Nem é uma noite comilona, daquelas em que o jantar de família (de preferência, com a família mesmo toda) se prolonga horas e horas e é seguido de um café no varandim e gargalhadas sonantes. É mais uma daquelas noites só minhas: o pano de fundo é o puff preto e a noite escura, os efeitos sonoros são harmoniosamente elaborados por cães e grilos que têm como convidado especial o longínquo ronronar do comboio e a personagem principal? Descalça, sempre descalça. Um dia, alguém me disse que quem escreve tem sempre uma história para contar e q

Para o meu TU

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Gosto de te ver ganhar asas e ir, apesar de, na verdade, preferir que as exercitasses por cá, no campo de treino das minhas, que é como quem diz: no meu ângulo de visão. Gosto de imaginar a agitação frenética no teu corpo e o brilho do teu olhar. Creio que ambos estejam muito presentes nesta altura de mudança e de novidade. Sei que há muito anseias isto e, por isso, recuso-me a pensar que não te vá fazer bem. Vou ter muitas saudades tuas e... vais ser sempre o Homem da Minha Vida. Ensinaste-me coisas que mais ninguém foi capaz e daí toda a gratidão que te tenho. És uma pessoa fantástica e isso enche-me de orgulho, um orgulho saboroso que me preenche a alma. Eu acho já esgotei todas as palavras que conheço para falar de ti, de tanto que contei, elogiei, defendi, eu sei lá. Só sei que és do melhor que tenho e não ouso falhar-te nunca. "Desculpa as lágrimas, mas é a emoção, já é a saudade (já é a saudade) no meu coração!". Vais fazer-me muita falta!

parecia sério.

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AMIGO : que palavra (aparentemente) tão simples, que palavra (claramente) tão complexa. Não que um amigo seja algo dúbio, dúbio é percebermos quem eles são, distinguirmo-los dos colegas, dos conhecidos, dos que só vão estando. É estranho e deveras desconfortável perceber que podemos estar anos ao lado de alguém que nos tapa os olhos, que nos atira areia aos olhos, que finge (até para si próprio) ser aquilo que não é. E é por isto que as alturas de crise são tão boas, porque num aperto, não temos outra solução que não ser nós mesmos, sem virgulas, reticências ou interrogações; quando há problemas, mascararmo-nos é mais complicado, facilmente o disfarce cai e nos damos a conhecer. É triste (extremamente triste) que seja preciso fracturar um ramo para perceber o quão podre é a árvore e o quão corrompida foi pelos bichos. Bichos como a inveja, a maldade, a malvadez, a falta de carácter... E essa podridão passa a ser, para nós, o rosto do tal (ex-)amigo. Depois de o vermos de

meu coração.

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Para "Alguma-Coisa-Que-Também-Escreve-Nos-Tempos-Livres" Quando nos conhecemos inaugurámos a palavra AMIGO. - talvez seja oportuno começar desta forma. Confesso que comecei com aquela inveja docinha no estômago, não é daquela maldosa, não; é aquela que se mistura com admiração. Sempre te admirei pela arte que imprimes nas tuas letras e pelo fogo que vive no teu coração, esse mole e de açúcar que está presente em tudo o que fazes e na medida cheia em que te dás a tudo aquilo em que acreditas. Lembro-me de como soube da tua existência, de como te fui conhecendo através de outra voz, de como mereci a confiança para te ler, de como comecei a conversar contigo, só não sei quando alugaste de forma permanente um pedaço do meu coração. Hoje és, sem dúvida, alguém cuja presença não dispenso, cuja opinião não abdico, cujo sorriso me alegra e cuja felicidade me importa! Tu, que tens em comum comigo o gosto pelas frases feitas, vais gostar desta: Qualquer que seja o fu

like a fairytale (or not)

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Nos contos de fadas, acaba sempre tudo bem! Os bons ficam com os bons e os maus são sempre punidos. Ninguém gosta que as semelhanças com a realidade sejam diminutas, digamos inexistentes. Ninguém gosta, mas toda a gente sabe. Agora, destes, dos que sabem, há os que vêem e os que não querem ver, os que acreditam na veracidade disto e os que preferem continuar a acreditar na possibilidade da existência de asas semi-transparentes, com purpurinas prateadas e que conferem aos sonhos aquele toque de fada. Eu já não acredito que um dia montes um cavalo branco ou me cantes uma serenata ao luar, eu sei que nunca vai acontecer, mas teimo em dizer ao meu chato coração que ainda é possível, que (mais tarde ou mais cedo) tu vais ver que eu sou mais que a irmã que nunca tiveste, que sou mais que a sombra pouco nítida do teu apego ao mundo. Sabes? Ainda lhe digo que um dia se vai juntar ao teu, digo-lhe que, eu e tu, vamos partilhar a mesma cama, trocar beijos de bom dia e beijos

Até um dia...

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É estranho escrever sobre o que sinto quando não quero sentir e, ainda menos, perceber o que sinto. É como que uma saudade estranha, que se difunde no ar e que somos capazes de sentir na nossa respiração. É uma constante vontade de partir conjugada com o permanente desejo de ficar. Não ficar para sempre, nem ficar fisicamente. Mas ficar.  O pior que pode acontecer-nos é não sermos lembrados, sobretudo nos sítios e nas pessoas que lembramos. É corrosivo o medo de não marcar, de não ser importante, de passar indiferente à vida e às vidas que estão connosco. E, no fundo, acho que é disso que eu tenho medo, medo que a teia que nos une parta. Eu sei que não vai partir totalmente, há fios que hão-de manter-se com o mesmo vigor e força mas há outros que já se dissolveram no tempo ou na falta dele e nos sentimentos ou na falta deles. Tudo aquilo que existe deve ser alimentado, desde a mais minúscula bactéria ao imenso oceano. Também as relações o devem ser, ainda mais em alturas de cli
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As saudades que eu tenho de escrever...

nostalgia do fim

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Sabes o que me vai fazer falta? Vou sentir falta de chegar ao bar e já saberem o que gosto de comer ao pequeno almoço, das conversas de balneário com a M., da C. e de tudo o que ela é para mim, da T. e da R.. Vou ter saudades da Associação de Estudantes, dos torneios, de ficar até às tantas para preparar actividades para o dia seguinte. Vou ter saudades dos trabalhos de grupo com o T. e das alturas em que nos sentíamos injustiçados pelas fracas notas depois de tanto trabalho. Sabes? Foi isso também que nos fez crescer tanto como amigos, como IRMÃOS. Vão-me fazer falta as horas de almoço na sueca, as mil e uma coisas em que tinha sempre de pensar. Vou sentir saudades de estar num sítio em que toda a gente sabe o meu nome e me recebe com um sorriso, gosto de não ser membro de um só grupo e conseguir num só intervalo correr a sala de convívio de uma ponta à outra para cumprimentar os meus amigos e trocar sorrisos. Já tenho saudades da ca

Trinta Quilómetros

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Estás na praia, meio-dia, deitado ao sol. Aquele sol tórrido que te grelha todos os bocadinhos de pele, que queima como braseiro. Achas que estás a sentir a Natureza em todo o seu esplendor, no seu auge. Não estás! Sabes quando conheces a força da mãe Natura? Quando caminhas durante a noite e sentes a chuva a bater-te na cara, tão fria que serve de anestésico às tuas maçãs do rosto, o nariz pinga, o queixo pinga, a língua lambe os pingos que escorrem nos lábios. O vento esfria os poucos pedaços do teu corpo que ainda se mantinham a uma temperatura agradável. A roupa cola-se à tua pele como que formando um só órgão e, aos poucos, o teu cérebro deixa de processar o frio que sentes, o quão encharcado estás. E, nesse momento, és só tu e ela, a Natureza. E é então que te apercebes do quão avassalador, assustador e mágico é o rugido das árvores que esvoaçam, entrelaçando-se em melodias com o vento. É quando te abstrais da suposta dor física que sentes o fluir dos pingos, na ponta d

sempre uma (nova) lição

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É bonito aquilo que se vê da minha varanda. Gosto de ir lá à noite. Não posso ver toda a vegetação que vejo de dia, não há iluminação nos pinhais. Vejo as luzes da (minha) cidade, vejo os carros que circulam, mas hoje a minha atenção foi presa por algo especial: o comboio. Só consegui ver as luzinhas de forma rectangular que corriam, umas atrás das outras, à velocidade dos sonhos de quem viaja. E pus-me a pensar, a recordar e a imaginar. Lembrei-me da última vez que passei naquela linha... Vinha de coração cheio (como sempre estou de lenço ao peito), trazia na bagagem cantares de rua, cheiros do Norte, sorrisos daqueles que só queriam carinho, gargalhadas dos meus, cumplicidades, romances e uma porta aberta para ser Homem Novo, decisões tomadas, foi o começo da despedida. Nada disto sinónimo de tristeza, porque o encerrar de um ciclo é sempre o começo de outro. Lembrei-me, depois, da última viagem que fiz. Desta vez, de camioneta. Aquela que, até agora, foi a viagem da

volta Verão

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Sabem do que é que eu gosto? De correr para a estação com o biquíni ainda molhado, apanhar o comboio no último segundo e adormecer no caminho para casa. De deixar a areia, que vinha preza nos tornozelos, no chão da casa de banho e deliciar-me com água quase fria. De deixar o cabelo molhado caído nas costas e da leveza do vestidinho de alças. De comer salada de atum ao jantar e ir para a varanda de seguida. De jogar cartas aos serão, sob a lua ao sabor de um refrescante Ginger Ale. De adormecer na varanda a ler um livro e saber que, no dia seguinte, a rotina vai ser semelhante. Gosto de me levantar às oito da manhã, sem refilar, ser beijada por um sol esplendoroso. Gosto de escolher o biquíni, os calções e calçar as havaianas. Gosto de caminhar na areia, de me deitar ao sol, esticar um braço e entrelaçar nos dedos os pequenos grãos. Gosto das gargalhadas que se dão na praia. Gosto das maçãs do rosto brancas do protector solar. Gosto de correr para a água e entrar de c

Nós fomos!

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Sangue, suor e lágrimas! Sorrisos, beijos e abraços! Uma noite, escassas horas, um sonho! Dois berros, três palmas, uníssono! E, assim, declamado, podia ser uma excelente descrição do que foi. Tudo enquanto meia dúzia de gotas escorregam pelo rosto, morrendo na língua que lambe a saudade em estado líquido. Amigos, confidências e memórias! Partilha, fogo no peito e música, muita, muita música! Cansaço flamejante nos olhos, coração cheio e alma plena de orgulho! Tudo planeado, executado e sentido na maior pureza do nosso esforço. Louvor? Glória? Fama? NÃO! Paixão! Amor! Luta! Garra! Companheirismo! Vitória (sempre)! Força! SONHO!

bola de sabão

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Sabes quando se sente a ponta dos dedos a fervilhar? Eu descobri o que isso é! Descobri que são as palavras a chamar o papel e a caneta (sempre a caneta, para que nenhuma borracha as destrua). Sabes o que é melhor nisso tudo? É quando as três se encontram. Vontade, papel e caneta sentados à mesma mesa, bebendo chá do mesmo bule, em conversas triviais. E são estas conversas que te limpam a alma, que proferem (em voz sonante) aquilo que invade a tua mente, o teu peito, a tua alma. Essas conversas são os teus sentimentos espelhados no tampo vidrado da tal mesa. É este encontro-maravilha que expressa tudo aquilo que tu és, nem que seja com as metáforas de Neruda. É neste encontro que a vontade te apresenta ao restante comité . É deste encontro que nasce a beleza da tua escrita, aquilo que de mais puro tu fazes.

i'll give you everything

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Dá-me o teu sorriso , dás? Não, não quero que o arranques e o transponhas para a minha cara, não é isso. Quero que o transportes todos os dias, quero que faças dele acessório quotidiano da tua face. Quero que o uses para continuares a levar-me ao pretérito, por vezes, incoerente que é a nossa história .  Tapa, por instantes, o castanho-infinito dos teus olhos e... beija-me . Destapa-o agora. Vês o meu sorriso? Vês a felicidade que transparece dos meus olhos? É isto, é isto que eu quero de ti. Quero que me faças feliz como só tu sabes, só isso . Há quem consiga fazer da vida um jogo de tabuleiro, a manipule ao seu jeito e lhe dê o movimento na hora e à velocidade que pretende. Eu não consigo, não sei se por não ter capacidades para tal ou, simplesmente, por apreciar demasiado a sua beleza ao ponto de não ser capaz de a distorcer de forma nenhuma. Sou apologista do destino, da forma aleatória que a vida tem de nos mexer, tal como marionetas. Mas, contraditoriamente, gos

tic-tac

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Vou explicar-te, é tão simples quanto isto: eu sou COMPLETAMENTE apaixonada por ti! Desde o primeiro dia em que te vi que despertas uma estranha sensação em mim. Ao longo do tempo, foi tomando graus diferentes, níveis superiores, dimensões mais elevadas, com o tempo aprendi a amar-te, a admirar-te e a perceber que tu és o homem da minha vida e que faria de tudo para ficar do teu lado, o tempo todo, a toda a hora. Acho fantástica a capacidade que tens de mudar o rumo do meu dia, fico estupefacta com o poder do teu sorriso e com a força da tua expressão. Venero a tua postura e aprendo muito contigo.  Auto-controlo tem sido a palavra-chave dos meus dias. Controlo-me para não te beijar a meio de uma frase. Controlo-me para manter os pés na Terra. Controlo-me para poder largar a tua mão. Controlo-me para não pensar em ti o dia todo (este é completamente em vão). Controlo-me em tudo o que digo e faço, para não te perder, para não te assustar e para não me iludir. Amo-te

só me importa amar-te

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Esse teu não querer confunde-me. É como se quisesses tanto quanto eu e ainda não tivesses tido coragem de o admitir perante ti próprio.  É estranho equacionar tudo isto, é estranho não saber muito bem o que pensar ou a que me agarrar e é ainda mais estranho que, sabendo que isto pode correr muito muito mal para o meu lado, não deixe de te amar, de lutar por ti, de acreditar que ainda vamos acabar juntos, sem margem para dúvidas, questões ou fins! Amo-te.

future

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Há quem passe a vida a saber exactamente o que quer fazer dela, há quem se deixe sempre levar ao sabor do vento e há os que, aos poucos, vão delineando cada pedaço de caminho. Hoje dei mais um passo. Oxalá nasça o bichinho!

'if you're ready like i'm ready'

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I think I wanna marry you!

Carta #3

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Minha Querida C. Cá estou eu, mais uma vez. A primeira vez que escrevi uma destas cartas, nunca pensei que isto se pudesse tornar recorrente, não mesmo... Achei que seria uma última carta mas, aos poucos, fui percebendo que para mim é importante falar contigo, mesmo que tu, desse lado, não ouças. Ultimamente, tenho pensado muitas vezes sobre ti, mais precisamente sobre os sentimentos que vou nutrindo por ti. Isto, porque são coisas tão mas tão contraditórias. Se, por um lado, me irrita todos os teus gestos, morro de medo quando te aproximas do meu pessoal, da minha gente, não de medo que me roubes o lugar mas medo que lhes faças o que me fizeste a mim; por outro lado, sinto uma imensa mágoa em não te ter mais por perto, uma saudade enorme daquilo que podíamos ser. É terrível, absurdo e corrosivo!

ainda e sempre

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Esse amor que, ainda e sempre, me prende a ti é completamente inexplicável. Deixei de conhecer finais desde que me fizeste apaixonar por ti. Deixei de ver semáforos vermelhos, estradas sem saídas, canetas sem tinta, cadernos sem folhas, deixei de ver gavetas vazias, memórias por preencher ou segundos vagos. Tu preenches todos os espaços em branco que possam existir. Alucinas-me a mente, desregulas-me o sistema nervoso, bagunças-me as hormonas e queimas-me os neurónios. Quando te vejo, os minhas pálpebras mexem em câmara lenta, tudo acontece muito muito devagar, espero eu, para saborear cada pedaço de tempo, mas num extenso piscar de olhos, tudo passa na efemeridade de um instante.  Concretizas aquilo que muita gente chama de ideal. Pelo menos para mim. Tens as características certas, imensos defeitos e qualidades que os superam, sabes lidar comigo, transmitir-me bem-estar, tranquilizas-me com o teu olhar castanho-infinito , penetras os meus sentidos com o cheiro adocicado da tua

(des)conectados

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Acho, realmente, fenomenal o mundo que me rodeia, ou melhor, as pessoas que nele habitam! E desenganem-se os que acham que isto é um texto sobre politiquices, crises ou outras tretas do género. Não! É sobre a loucura descomunal em que as pessoas parecem andar a viver! É cada um por si, cada um puxando para seu lado, todos a medir forças para ver quem é o triste que cai primeiro para que os outros (falsos) vencedores se riam (só até ser a vez deles cair, também!). Acho ridículo que as pessoas vivam sem objectivos, com desculpas mais ou menos esfarrapadas, amarrados a falsas esperanças de que a sorte lhes caia no colo. Acho deprimente que se viva de forma virtual, desvalorizando tudo aquilo que nos rodeia. Acho COMPLETAMENTE angustiante (e isto é, sem dúvida, o que mais me preocupa) que não se dê valor àquilo que, de um jeito ou de outro se possui. À minha volta está a perder-se a noção de elo (saudável, que elos existem, só não são os mais recomendados). Acho magnífico que se d

não largues a minha mão

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Às vezes, sinto-me dividida. Sempre entre o lado certo e o errado, o problema é que muitas vezes (ainda hoje) não sei perceber qual é o certo e qual é o errado. Perco-me em dúvidas amiúde, questões quase sem resposta. Percorro caminhos que já conheci e pareço não me lembrar deles. Caio no mesmo fosso, tropeço nas mesmas pedras. No entanto, espero sempre que o final seja diferente e o mais estranho é que, em algumas dessas vezes, consigo mesmo acreditar que o final vai ser diferente! Será?