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A mostrar mensagens de novembro, 2010

maçã e canela

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Lembras-te quando entrelaçaste os teus dedos nos meus? Eu ainda sinto as tuas mãos. Lembras-te quando puxaste o meu corpo para o teu? A minha pele ainda tem o teu cheiro. Lembras-te da primeira vez que nos beijámos? Ainda consigo descrever cada pormenor. Lembras-te do nosso último beijo? Os meus lábios ainda anseiam o próximo. Lembras-te do toque da minha língua? Ainda consigo saborear a tua. E, no fundo, tudo isto não passam de meras recordações, lembranças que só para mim fazem sentido, sonhos que por momentos foram realidade. És bem real e eu gostava que fosses a minha realidade, gostava de poder fazer de ti o único HOMEM feliz no mundo, atingindo um nível que mais ninguém fosse capaz de tocar, gostava que visses o teu reflexo nos meus olhos e te sentisses completo, sentisses que isso bastava para seres feliz! Mas como há sempre um mas... isto não é possível! Porque u não sabes ver-me dessa forma, porque, apesar de eu ter a certeza que serias capaz de

vertigem do teu vazio

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Sabes quando saltas à espera que alguém esteja disposto a estender os braços para te apanhar? Assim estou eu, em queda livre, sujeita a uma única força que não a gravidade, a paixão. Quando cheguei e senti a temperatura, sabes o que me apeteceu? Largar a mala e sentar-me ao teu lado, só para sentir o aconchego dos teus braços, para adormecer no teu colo e saber que quando acordasse tu estarias lá, do meu lado, com um sorriso rasgado que dizia que me querias tanto quanto eu a ti! Largar a mala e correr para o teu abraço, dar-te um beijo quente adocicado pelo meu nariz gelado, entrelaçar os meus dedos nos teus e respirar fundo de felicidade. Largar a mala e ver o teu imenso sorriso, o teu olhar encantador que me observa sem pudor, que me despe sem tabus e que me deseja a cada instante. Largar a mala e ficar contigo, ficar para sempre! Casar na praia ao pôr-do-sol, levar-te o pequeno-almoço à cama, acordar-te com um beijo do meu corpo nu, fazer-te querer-me mais, fazer-me q

há quem lhe chame sabedoria popular

Em consequência de uma conversa sem aparente conteúdo deu-me para pensar em ditos populares e no quão disparatados e quão errados estão, por vezes, pelo menos para mim. Cão que ladra não morde! Para mim, todos os cães mordem mas, daqueles que não ladram, não estamos à espera e, por isso, dói mais. Porém, os que ladram vão dando, também, as suas dentadinhas de vez em quando mas no meio de tanto barulho nem sentimos a dor. Azar ao jogo, sorte ao amor! Pensando num simples jogo de sueca, há que saber jogar com as cartas que se tem na mão mesmo quando a única vontade é arrear o jogo. O meu naipe favorito é o de copas mas o rei teima em não querer nada comigo, nunca está na minha mão. Podemos também pensar no jogo que estou a construir e que foi plagiado, menosprezado a minha originalidade, o que, provavelmente, me vai custar a nota. Azar ao jogo, verificado. Sorte no amor é que é mentira! A mulher quer-se pequenina como a sardinha! Este foi-me dito, há pouco tempo, por uma pro

devaneio

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Vivemos num mundo sedento de vingança, de sangue, de topo, de ser os melhores. Trinco o lábio. Sou invadida pela imensa vontade de te ter. Todos me dizem «Isso só te faz mal!». É um vicio impossível de controlar. Qual tabaco ou alcoól? Bem maior, bem melhor! -só mais um desabafo, sem grande nexo...

Porta nº 10

Chegaste de forma subtil, sem pré-aviso. Entraste sem bater à porta, limpaste os pés no meu tapete e sentaste-te no meu sofá de pele. Puseste-te à vontade e esperaste que eu desse conta que estavas ali. Há muito que eu sabia que virias, só não queria acreditar. E, depois, facilemnte percebi que já cá estavas, só não queria dar a entender. Pensei que a minha indiferença te explusasse dali, te fizesse perceber que estavas em propriedade privada, em alma alheia mas tu deixaste-te ficar. Primeiro isso irritou-me, depois habituei-me à ideia e, por fim, já era eu quem queria que ficasses. E tu ficaste... Foste ficando e, aos poucos, conheceste os cantos à casa pois tinhas bilhete à borla para todas as divisões. Um dia, bateste na porta do meu quarto e abriu-se, para ti, aquela que é a entrada para o mais fundo do meu ser, o meu coração. E foi aí que, de mãos dadas com a esperança, bailaste. Porém bailaste pouco tempo, não eras a cinderela mas o teu relógio tocou a balada da desped