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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Dos pés à cabeça, TEU

Na televisão, de manhã, começam as notícias com um cronómetro em contra-tempo. É aí que aparecem as novidades do dia. Escândalos, explosões, mais um aumento do iva, desporto e uns fracos minutos culturais. A mesma rotina, no entanto, os repórteres limitam-se a mudar os títulos, as palavras, os locais… A população fica encantada e informada, excepto eu. Eu já não recebo notícias tuas há mais de um mês. Dizias que ligavas quando chegasses, mas nem uma mensagem foste capaz de mandar. Eu sabia que esta distância só ia provar que tu nunca me amaste. Era evidente que ias esquecer-te de mim assim que deixasses de me ver, mas tantas vezes negaste que me fizeste acreditar que podia ser possível esse sentimento que eu idealizei. Eu lá no fundo sabia! Nunca respondeste às minhas cartas, não ligavas às mensagens, era raro atenderes o telefone. Nunca quiseste que tirássemos uma foto juntos e recusavas dar-me a mão em sítios públicos. Mas perante tudo isto, só uma dúvida me atormenta: “

Relíquia

Vigias, observas, conheces, espreitas, interrogas e concluis. Tomas precauções, adquires o material e a coragem necessários. Sonhas, divagas, duvidas. Decides agir! Numa noite tranquila e quente, ele saiu até à varanda. Queria sentir a brisa, contar as estrelas… Assim o fez, mas nem tudo ia correr como esperava. Ao cabo de alguns minutos, ouviu um barulho, mas não se preocupou, era algo comum. Qual não é o seu espanto quando vê, subir pela grade, a sua maior amiga. Ficou boquiaberto! E inquiriu «Que estás a fazer aqui? És louca!». «Estava na cama, a pensar, a pensar e apareceste. Apercebi-me que não me lembro de te ter feito uma surpresa, de te ter oferecido uma flor, de gritar ao mundo o quanto significas ou simplesmente de relembrar as tuas alegres palavras quando estou sem alento para seguir. Pois bem, aqui estou eu para mostrar que te amo, que o apreço que tenho por ti alcança todas as barreiras! Estou aqui para ter a certeza que sabes o que és. Sei que

- eu por ti

Enfio-me aqui. Fiz disto a minha salinha de estar, o meu cantinho de pensar, de escrever, de ler, de reflectir, o pedacinho do dia que serve para conversar comigo própria é aqui que acontece. Mas que sítio é este, afinal? Pois bem, não é mais do que uma varandinha em frente ao quarto, com dimensões modestas e mozaico no chão. Sentada numa cadeirinha de praia... Passamos imenso tempo a pensar em coisas fúteis. Preocupamo-nos com unhas partidas, cd's riscados, telemóveis modernos, televisão por cabo, preocupamo-nos em "angariar fundos" para um iPod novo ou uma bola xpto. Podia estar a pensar nas inundações do Paquistão, no incêncido do Gerês, na fome em África... Porém, penso somente em ti. Esforço-me por entender e explicar esta preocupação que me invade, este medo de te perder ou de deixar de ver aquele menino que em tempos conheci. Brincámos tantas vezes. Éramos da mesma cidade, da mesma escola e foi na capital que nos conhecemos. E daí até termos o que
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Colocar o nome de quem ofereceu : Rita Vaz , http://ariita46.blogspot.com Responder à pergunta : "O que têm em comum o amor e a simplicidade ?" r: Não precisam de ser longas nem complexas as palavras para definir o amor. Obviamente, cada um de nós terá a sua definição, o seu modo de explicar. Pois para mim é a renúncia em prol de outro, é a entrega total do seu ser, sem reservas, luxúrias ou postos. Na simplicidade as coisas funcionam também dessa forma, sem reservas, luxúrias ou postos. Feliz, sem dúvida, daqueles que podem ter como sua característica a simplicidade.   Oferecer o selo a três mais pessoas : - O Resto é Silêncio , http://catiamarisa.blogspot.com/ - Suspiros , http://suspiroshm.blogspot.com/ - Refúgio , http://refugiodeemocoes.blogspot.com/

aqui e agora

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Estou com uma imensa vontade de escrever mas sempre que me sai uma frase, apago; sempre que penso num tema, não gosto e sempre que penso em largar a caneta, não consigo. Podia pôr-me aqui a divagar sobre nada mas penso que isso, há muito tempo, perdeu o interesse, apesar de ser aquilo que estou a fazer agora mesmo. A verdade é que o acto de escrever desde sempre existiu na sua vida. Pensam vocês «existiu na de todos desde que entramos na escola». Mas não é isso que quero dizer, desde muito pequenina que recorda a ansia de saber escrever, a vontade de aprender letras para depois poder ser ela a desenhá-las e para poder perceber as que os outros faziam. Porém, nada disto despertou nunca a sua atenção, era só uma menina bem comportada, que gostava de ler e de aprender. Com o passar do tempo e o florescer da adolescência, apareceram as grandes emoções. Começaram a ser-lhe familiares os dias em que a vontade de chorar era imensa mesmo que sem razão aparente. Chegou o momento em
Obrigado pelo sol e pelo vento pelo azul do firmamento e pela estrela que há em mim. Obrigado pelo tempo que passou, pelos passos, pelos voos e pela estrela que há em mim. Obrigado por esse briho no olhar, por essa chama que me queima. Obrigado pela estrela que há em ti. Obrigado pela estrada percorrida, por esse dom, por essa vida. Obrigado pela estrela que há em mim. Obrigado pelo sorriso da criança, pela saudade e a lembrança de alguma estrela que brilhou. Obrigado pela presença que não passa, pela esperança que me abraça, pelo silêncio que há em ti. Obrigado por essa voz que em mim habita, por essa mão que necessita de outra mão que saiba amar e ser feliz. Obrigado por esse adeus que é boa nova, por esse olhar de boas vindas pela estrela qu'inda no meu céu. - se alguém souber o nome do autor, agradecia que me dissessem - Agradeço do fundo do meu coração, às vozes que deram vida a esta melodia naquele 24 de Abril, particularmente à Inês Gomes, ao A

Há que dar algum crédito .

Sentei-me na cadeira do dentista e dei por mim, subitamente, a pensar em mim, em ti, em nós, em tudo o que nos uniu, tudo o que nos separou (se é que algo nos separou)... Dei por mim a questionar assuntos inquestionáveis, a reviver momentos nunca antes vividos, a trautear letras de melodias sem letras, a discutir comigo própria decisões de carácter governamental (tudo isto enquanto estava de boca aberta e com montes de aparelhos lá dentro), enfim , dei por mim a pensar no impossível tentando tornar abstracto tudo o que era concreto e vice-versa. Bem, na verdade não foi nada disto (ou talvez até tenha sido, quem sabe?). Tudo isto são divagações, sem grande nexo, que me vão surgindo quando menos espero e quando faço por aparecerem. Mas porque, para mim, escrever é fonte de vida, aqui estou eu a passar para esta espécie de papel o que me vai na alma. Adorava que isto fosse lido com aquele tom meio irónico da professora Teresa Sá.