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Dia 18 - CONVIVER

Conviver: viver com o outro. Adoro jantares de amigos, de todos os tipos. Gosto quando jantamos antes de uma noite de Queima e nos emborrachamos como se não houvesse amanhã. Gosto quando jantamos porque sim e acabamos a noite à conversa e a jogar Pictionary . Gosto quando jantamos para celebrar um aniversário. Gosto quando jantamos para nos despedir. Adoro jantares de amigos, há quem defenda que é a melhor rede social e eu sinto-me na obrigação de concordar. Estou mortinha para que os meus amigos comecem a casar. Vê-las vestidas de noiva, vê-los adultos, de gravata e com os nervos a escorrerem-lhe pela testa. Nós de capas estendidas na saída da igreja. A foto de grupo. O almoço sempre servido à hora do lanche. Os primeiros casamentos em que partilhamos mesa com amigos e não com família. A pista a ser nossa. A noiva a atirar o ramo enquanto todas as amigas se esquivam discretamente e os namorados estão pelo bar como se nada fosse (como tão bem explica a Maria das Palavras ). O fi...

Dia 12 - ABENÇOAR

Abençoar: tornar feliz, bem-fadar. Os irmãos são bichos estranhos. Fazem parte de nós mas irritam-nos. Entram-nos no armário, no quarto e na vida sem pedir autorização. Lembram-nos que temos responsabilidade sobre eles mas que não mandamos neles, o que significa que se se meterem em alhadas, temos obrigação de os irmos buscar mas não podemos tirar qualquer proveito disso. São as melhores pessoas para fazer apostas porque os conhecemos suficientemente bem para contornar o resultado e ganhar sempre. Em certas idades, conseguimos deles o que queremos, noutras somos amargamente chantageados por eles. Podem ser os maiores cúmplices ou os maiores bufos. Podem arcar com as nossas culpas ou arranjarem maneira de levarmos no lombo por algo que foram eles que fizeram. Comem-nos as bolachas e as gomas que eram para dividir. Acabam com o papel higiénico e não repõem com um novo rolo. Têm sempre um balde de pipocas pronto a comer para quando se der o caso de nos espalharmos ao comprido, quer s...

40 cartas, uma história

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Olá, eu sou o António. O avô António. Daqui a uns anos os avôs vão chamar-se Rodrigo ou David e já ninguém vai ter o avô Zé ou Manel. Esta modernice nos nomes… Hoje fui ao jardim, vou lá algumas vezes. Sentei-me numa das mesas, sozinho. Na mesa ao lado dois avôs, como eu (com certeza nenhum chamado Miguel), a jogar dominó – o famoso jogo dos reformados. Não gosto muito de jogar mas gosto de observar, traz-me memórias. A minha predilecção sempre foi a sueca (e não, não vou fazer aquela piada fácil “mas também gosto de francesas e russas”). A sueca é um jogo de mudos – aprendi eu a entoar sempre que os adversários menos experientes faziam comentários sobre o jogo. Há algum tempo que deixei de jogar a sério. Com adversários e parceiros a sério. O meu parceiro partiu faz algum tempo. Foi também o meu professor. Foi com ele que aprendi qual a carta mais acertada a jogar, quais os sinais que devia fazer-lhe para que percebesse as minhas intenções, encobri-o numas quantas batotas… Fui...

Manel, exististe mesmo?

Em minha casa não se fala de mortos. Fala-se de funerais, de x ou y que morreram esta semana, comunicam-se essas notícias. Mas não se contam histórias do avô Riquito que lançava o pião (só quando a Nazaré Caldeira se perde nas suas divagações), não sei nada do avô Alberto que morreu de acidente de mota, nem sei o nome da mulher do bisavô Manel e por isso minha bisavó, pouco sei do primeiro Facadas da família e as memórias que tenho da bisavó Cesaltina são poucas ou nenhumas. Ah, dizem-me que roubava a bengala à Ti Linor (que na verdade se chamava Leonor) e que a Ti Angelina (que nunca percebi se era da família ou não), quando veio o euro, me dava vinte cêntimos a pensar que era uma fortuna. E é raro, muito raro, que a conversa vá mais longe que isso. Porém, no meio destas pessoas todas, há uma com a qual tenho uma ligação especial e pela qual me emociono sempre que conto a nossa história. Esta pessoa é o bisavô Manel, do qual não tenho nenhuma recordação (daqui a pouco perceberão p...

viagens ao ontem

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Se vives numa aldeia com cafés e nenhum deles se chama "Ponto de Encontro" ou "Café Central" põe o braço no ar. Às vezes esforço-me por encontrar memórias da minha infância e não sei delas. Parece que as perdi. Ou que não sei onde as guardei. Lembro-me de uma ou outra coisas soltas e nem lhes sei o contexto. Outras vezes, graças a ninharias que parecem a ponta de um novelo, encontro metros e metros de recordações. E hoje foi um café, perdido no meio da Serra do Caramulo, com o famoso nome de "Ponto de Encontro".  Oh, o meu "Ponto de Encontro"... A minha mãe trabalha por turnos há anos. Quando eu era miúda, sempre que ela fazia o turno da noite, dormia em casa de uma das minhas avós. Sempre que dormia em casa da minha "avó de lá de cima" (era como eu a distinguia da outra) a minha mãe ia almoçar connosco no dia seguinte. Ainda antes de ela chegar, eu ia ao café. - Traz um sumo dos grandes, assim dá para as duas e fica para o...

ordem (pouco) natural

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Quando olhamos para pessoas com mais de sessenta anos é frequente esquecermo-nos que já foram novos. Ou melhor, esquecermos que já sentiram a força da vida como nós a sentimos. A minha irmã até acha que as pessoas deviam mudar de nome a meio da vida, pois há nomes que não encaixam bem em certas idades. Como isto, é frequente esquecermos que também, como nós, cultivaram afectos. Esquecemo-nos que também sofreram nos seus amores de adolescência, mesmo que só tenham tido um e que seja o actual. Esquecemo-nos que sofreram de bullyng , apesar de na altura não haver um nome pomposo para isso. E esquecemo-nos que tiveram irmãos. Mesmo que hoje ainda os tenham. É-nos difícil ver neles uma relação de irmãos, porque não os vemos viver na mesma casa nem andar às turras a toda a hora. Quase os vemos como amigos que nasceram da mesma mãe. Porém nas horas de aperto, percebemos que são tão irmãos ou mais do que aquilo que somos hoje. Eles foram irmãos noutros tempos, tempos em que ter mais que 5...

salário mínimo

- Recebi hoje o cheque da reforma, tenho medo de ir levantá-lo sozinha, não queres vir comigo? E eu vou, mesmo sabendo que tenho apenas dez anos e que se quiserem assaltá-la isso não faz qualquer diferença... Saímos cedo para sermos das primeiras a ser atendidas nos correios. Na noite anterior durmo lá em casa para facilitar todo o processo. Pequeno almoço: torradas com manteiga.  Dinheiro na mão. Separamo-lo em bolsas diferentes, suponho que para salvaguarda, e guardamo-las em compartimentos diferentes da mala. Vamos agora ao mercado. Acho que nunca fiquei muito atenta ao que se passa por lá, não me lembro dos pregões ou dos cheiros (que eu sou perita em guardar). Subimos as escadas rolantes (sim, este mercado novo tem escadas rolantes)... Não, na verdade vamos pelas normais, ela sempre teve muito medo de escadas rolantes. Subimos as escadas tradicionais e vamos espreitar as banquinhas de roupa do primeiro andar.  - Escolhe uma camisola, gostas desta? Leva.  E l...

Da tua SEMPRE irmã...

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Para o T. Não, não vou contar a nossa história, não preciso. Quem tem de saber, sabe. Os outros vão descobrindo nos nossos olhos. Estou aqui para te agradecer! Por tudo e por nada. Por hoje e por sempre. Por esta coisa indestrutível que temos e por todas as vezes que não permitiste que nos destruissem. Por estrares sempre do meu lado e por me dares para trás. Por me fazeres gargalhar e por me deixares tão feliz ao ponto de não ser grave que caia uma lágrima. Por saberes bem o significado da palavra amizade e por não hesitares em pô-la em prática. Por me ensinares muito do que sei hoje, nas infindáveis horas de olhares trocados e por te zangares sempre que não aprendi. Por cozinhares comigo e por fazeres da minha vida um lugar com cores diferentes. Obrigada por respirares o mesmo ar que eu. Fica sempre comigo. 

O início!

"Amigos são pessoas com boas intenções que, à medida que o tempo passa, sobem patamares na nossa admiração. Quatro dias de convivência não permitem, de modo nenhum, conhecer as pessoas e, portanto, por muito que eu apregoe boas intenções, nada vos dá garantias de que eu seja o que vos pareço. Porém, afirmo sem qualquer reserva, que a caloira chorona é mesmo assim e nenhuma cebola interviu. Da primeira vez que falei convosco, ambos entraram de imediato para a minha lista de propostas a padrinhos e a razão eu nem sei bem entender, quanto mais explicar. A verdade é que a escolha foi facilitada pela vossa disponibilidade e pelo carinho com que sempre me trataram. Coimbra é uma cidade de histórias de amores e desamores. E que é a amizade se não uma forma de amar? É isto que eu tenho para vos oferecer: a minha amizade, aquilo que sou e valho. Pedindo apenas que não me deixem percorrer sozinha este caminho que se aproxima, basta-me saber que vos tenh...

meu coração.

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Para "Alguma-Coisa-Que-Também-Escreve-Nos-Tempos-Livres" Quando nos conhecemos inaugurámos a palavra AMIGO. - talvez seja oportuno começar desta forma. Confesso que comecei com aquela inveja docinha no estômago, não é daquela maldosa, não; é aquela que se mistura com admiração. Sempre te admirei pela arte que imprimes nas tuas letras e pelo fogo que vive no teu coração, esse mole e de açúcar que está presente em tudo o que fazes e na medida cheia em que te dás a tudo aquilo em que acreditas. Lembro-me de como soube da tua existência, de como te fui conhecendo através de outra voz, de como mereci a confiança para te ler, de como comecei a conversar contigo, só não sei quando alugaste de forma permanente um pedaço do meu coração. Hoje és, sem dúvida, alguém cuja presença não dispenso, cuja opinião não abdico, cujo sorriso me alegra e cuja felicidade me importa! Tu, que tens em comum comigo o gosto pelas frases feitas, vais gostar desta: Qualquer que seja o fu...

nostalgia do fim

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Sabes o que me vai fazer falta? Vou sentir falta de chegar ao bar e já saberem o que gosto de comer ao pequeno almoço, das conversas de balneário com a M., da C. e de tudo o que ela é para mim, da T. e da R.. Vou ter saudades da Associação de Estudantes, dos torneios, de ficar até às tantas para preparar actividades para o dia seguinte. Vou ter saudades dos trabalhos de grupo com o T. e das alturas em que nos sentíamos injustiçados pelas fracas notas depois de tanto trabalho. Sabes? Foi isso também que nos fez crescer tanto como amigos, como IRMÃOS. Vão-me fazer falta as horas de almoço na sueca, as mil e uma coisas em que tinha sempre de pensar. Vou sentir saudades de estar num sítio em que toda a gente sabe o meu nome e me recebe com um sorriso, gosto de não ser membro de um só grupo e conseguir num só intervalo correr a sala de convívio de uma ponta à outra para cumprimentar os meus amigos e trocar sorrisos. Já tenho sauda...

Nós fomos!

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Sangue, suor e lágrimas! Sorrisos, beijos e abraços! Uma noite, escassas horas, um sonho! Dois berros, três palmas, uníssono! E, assim, declamado, podia ser uma excelente descrição do que foi. Tudo enquanto meia dúzia de gotas escorregam pelo rosto, morrendo na língua que lambe a saudade em estado líquido. Amigos, confidências e memórias! Partilha, fogo no peito e música, muita, muita música! Cansaço flamejante nos olhos, coração cheio e alma plena de orgulho! Tudo planeado, executado e sentido na maior pureza do nosso esforço. Louvor? Glória? Fama? NÃO! Paixão! Amor! Luta! Garra! Companheirismo! Vitória (sempre)! Força! SONHO!

Carta #3

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Minha Querida C. Cá estou eu, mais uma vez. A primeira vez que escrevi uma destas cartas, nunca pensei que isto se pudesse tornar recorrente, não mesmo... Achei que seria uma última carta mas, aos poucos, fui percebendo que para mim é importante falar contigo, mesmo que tu, desse lado, não ouças. Ultimamente, tenho pensado muitas vezes sobre ti, mais precisamente sobre os sentimentos que vou nutrindo por ti. Isto, porque são coisas tão mas tão contraditórias. Se, por um lado, me irrita todos os teus gestos, morro de medo quando te aproximas do meu pessoal, da minha gente, não de medo que me roubes o lugar mas medo que lhes faças o que me fizeste a mim; por outro lado, sinto uma imensa mágoa em não te ter mais por perto, uma saudade enorme daquilo que podíamos ser. É terrível, absurdo e corrosivo!

transição

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Por esta altura, é inevitável (penso eu!) fazer um balanço. É tempo de fazer o rescaldo das derrotas, tempo de emoldurar as vitórias, tempo de vangloriar quem sempre nos fez bem e tempo de pôr nos pratos da balança os prós e contras de ter algumas pessoas na nossa vida. O coração prega-nos tantas vezes partidas... A mais frequente é manter na nossa vida restos de tempos antigos, restos de relações, restos de (outros) corações. E é matreiro o coração, são raras (muito raras) as vezes em que nos apercebemos que a corda está esticada ainda antes de tropeçar nela. E é este o tempo certo para estar alerta, mais do que todo o restante ano, pois é por aqui que se torna mais fácil olhar à retaguarda, valorizando apenas o que interessa (não só as coisas boas, mas aquilo que de algum jeito nos foi útil). Para mim, foi um ano de grandes vitórias! Para mim, foi um ano de grandes derrotas! Foi o ano de dançar a valsa, foi o ano de estar (quase) na frente (mesmo ficando no fundo), foi o ano...

carta #2

Minha querida C. Cá estou eu de novo e, hoje, mais divagante que nunca... Talvez sejam poucas as coisas que fazem realmente sentido, para nós. Talvez esteja na altura de começar a acreditar que a maior parte das pessoas que me rodeiam são conhecidos. Talvez esteja na altura de dar ouvidos às pessoas que dizem que, durante a vida, os amigos são poucos. Talvez tudo isto conectado me levasse a bom porto. Talvez, talvez... É uma palavra fácil de dizer quando queremos dizer que sim mas achamos que devemos dizer não, ou vice-versa. Não, isto não tem muito a ver contigo, connosco. Dizendo melhor, não é nada direccionado a ti, apesar de bater certinho. Apenas senti necessidade de te fazer algumas confidências, como antigamente, lembras-te? Como era bom... Mesmo que tivesse uma série de dias, chegaram a ser semanas e, uma ou outra vez, meses, mas quando estávamos juntas, desbobinávamos tudo! Era impressionante a forma como confiávamos uma na outra e como o tempo tornava tudo cada...

carta

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Minha Querida C. Nem sei por que ainda te escrevo, porque é que ainda me dou ao trabalho de te dar importância a este ponto. Talvez seja tempo perdido, caracteres desperdiçados pois o mais provável é que, quando vires o meu nome no envelope, nem o abras. Pouco importa, desde que eu fique com a consciência de que o fiz, mais uma vez. "Quem ama, perdoa!", isto é o que as pessoas gostam de dizer. Sabes que mais? Isso, para mim, não faz sentido. Eu gosto imenso de ti, se te amo? Excelente pergunta mas não sei responder. Também os sentimentos são erodidos pelo tempo vazio que, tantas vezes, se instala. Aquilo que sentimos pelas pessoas dilui-se nas escolhas dessas pessoas e tu não foste excepção. Aquele amor desmesurado que nos unia, ou que me unia a ti, dissolveu-se na brisa soprada pelas tuas decisões. Mas eu continuo a gostar muito de ti, só não consigo perdoar-te. Não é que não queira, mas não consigo. Pois o perdão exige reparação e eu ainda não te vi mexer uma s...

A Força do Teu SER

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Não posso dizer que isto é o luto do que sinto por ti, pois isso implicava que o sentimento já tivesse morrido e, na mais pura das verdades, não morreu! Mas sinto coisas estranhas, talvez seja o começar a tomar consciência de que a realidade que eu quero nunca será realidade... Dói, dói pensar que pode não haver bis, que posso nunca mais sentir os teus lábios... Garanto-te que o orgulho que tenho em ti, na pessoa que és, esse vai ficar para sempre. És um miúdo fantástico, com um carácter gigantesco, com a real noção das coisas, marcas de uma forma majestosa a vida de quem te conhece e esse mérito ninguém te tira. Devo-te muito do que sei hoje, devo-te quase todas as aprendizagens dos últimos tempos. Essa tua filosofia de vida encanta-me, a forma mágica como encaras o ser humano e as tuas missões, por mais ínfimas que possam ser. Vou defender-te sempre. E quando disserem que não mereces isto ou aquilo, serei a primeira a levantar-me e a dizer que mereces este mundo e o outro!

Relíquia

Vigias, observas, conheces, espreitas, interrogas e concluis. Tomas precauções, adquires o material e a coragem necessários. Sonhas, divagas, duvidas. Decides agir! Numa noite tranquila e quente, ele saiu até à varanda. Queria sentir a brisa, contar as estrelas… Assim o fez, mas nem tudo ia correr como esperava. Ao cabo de alguns minutos, ouviu um barulho, mas não se preocupou, era algo comum. Qual não é o seu espanto quando vê, subir pela grade, a sua maior amiga. Ficou boquiaberto! E inquiriu «Que estás a fazer aqui? És louca!». «Estava na cama, a pensar, a pensar e apareceste. Apercebi-me que não me lembro de te ter feito uma surpresa, de te ter oferecido uma flor, de gritar ao mundo o quanto significas ou simplesmente de relembrar as tuas alegres palavras quando estou sem alento para seguir. Pois bem, aqui estou eu para mostrar que te amo, que o apreço que tenho por ti alcança todas as barreiras! Estou aqui para ter a certeza que sabes o que és. Sei que ...

- eu por ti

Enfio-me aqui. Fiz disto a minha salinha de estar, o meu cantinho de pensar, de escrever, de ler, de reflectir, o pedacinho do dia que serve para conversar comigo própria é aqui que acontece. Mas que sítio é este, afinal? Pois bem, não é mais do que uma varandinha em frente ao quarto, com dimensões modestas e mozaico no chão. Sentada numa cadeirinha de praia... Passamos imenso tempo a pensar em coisas fúteis. Preocupamo-nos com unhas partidas, cd's riscados, telemóveis modernos, televisão por cabo, preocupamo-nos em "angariar fundos" para um iPod novo ou uma bola xpto. Podia estar a pensar nas inundações do Paquistão, no incêncido do Gerês, na fome em África... Porém, penso somente em ti. Esforço-me por entender e explicar esta preocupação que me invade, este medo de te perder ou de deixar de ver aquele menino que em tempos conheci. Brincámos tantas vezes. Éramos da mesma cidade, da mesma escola e foi na capital que nos conhecemos. E daí até termos o que ...