Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2012

'tô te esperando'

Imagem
Beija-me os pés, mar! Vem! Beija! Traz contigo o sol quente de Agosto, as noites de lua cheia no areal e o sono ao relento. Vem, mar! Traz liberdade para os corpos semi-despidos, traz liberdade para os pensamentos que voam entre as ondas, traz sossego para as almas perdidas entre montanhas de livros, traz sossego aos corações que gelam em Janeiro. Mar? Não ouves? Volta! Traz a areia e prende-a nos tornozelos das meninas de calções curtos. Traz as havaianas coloridas para os transeuntes da marginal. Traz o protector solar mal espalhado nas maçãs do rosto. Traz os meus amigos e as nossas toalhas de praia. Vem, mar! Traz a beleza que só tu transportas, a tranquilidade e a limpidez das decisões, traz os devaneios, as reflexões... Volta, mar! Estamos a precisar de ti! 

'não arrisco apaixonar-me sem norte'

Imagem
Hoje, eu só queria um cachecol, uns óculos de sol, um capuccino quente e um sofá na varanda, debaixo do sol quente que bateu à minha janela bem cedo.  Hoje, eu só tenho o cachecol, os óculos de sol, em vez do capuccino, o livro de geologia, em vez do sofá, o puff, tudo enquanto torro miolos debaixo do tal sol quente que queima menos do que a espera incessante de uma chamada telefónica! Um dia, explico-vos...

mrp

Imagem
Tu não sabes mas foste a primeira pessoa em que pensei... O que mais dói quando se ama alguém é imaginar tudo aquilo que não conseguimos realizar juntos. O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata. Como vives ensombrado de dúvidas e tens muito jeito para inventar desculpas inteligentes, costumas dizer que não nos conhecemos no momento certo e que tudo seria diferente se nos tivéssemos cruzado mais cedo. Mas ambos sabemos que não é assim. Ambos sabemos que o medo e a vontade há muito que lutam por governar o mundo e o coração dos homens, numa batalha surda onde só há vencidos. Ambos sabemos que tens medo de mim e medo de ser feliz. (…) Não tens saudades de ser livre e seguir o teu coração? (…) Eu tenho saudades do que não vivi contigo. Vou Contar-te Um Segredo , Margarida Rebelo Pinto

há coisas eternas...

Imagem
Custa-me sentir que a olhas de uma forma que eu nunca conheci. Custa-me que ainda sejas tanto mesmo que eu queira que sejas muito menos. Custa-me saber que continuaria a fazer tudo por ti. Custa-me saber que, mesmo que eu diga que não, continuo a ser tua na medida de tudo aquilo que sou. Custa-me não ser capaz de dizer que já não te amo. Custa-me que não tenha dado certo. Custa-me ter aprendido tanto contigo e mesmo assim não poder usá-lo com a única pessoa que o merece realmente, tu. Custa-me que nunca me tenhas pertencido. Custa-me continuar a querer dar-te o mundo. Custa-me defender-te sempre, mesmo que os meus argumentos se virem contra mim. Custa-me que a tua opinião quase valha mais que a minha. Custa-me saber que é só quereres fechar a mão e...
Imagem
Olho, tantas vezes, por baixo dessa película fina e transparente, feita de cloreto de sódio hidratado, que desce pelo meu rosto, me lambe os lábios e aprendeu a morrer, sem se queixar, no meu pescoço. Olho, com estas janelas já a arder pela falta da película escorregadia que fugiu. Olho, olho, olho e tantas vezes não vejo! Olho os sorrisos e não vejo o bem-estar, olho as palmas e não vejo o sucesso, olho os corações e não vejo o amor, olho os beijos e não vejo o carinho, olho os abraços e não vejo a cumplicidade, olho as acções e não vejo a bondade, olho tudo e não vejo nada. Olho e o que vejo é que todo o conteúdo de todas as coisas foi comido por crocodilos mal-cheirosos, que ainda ninguém soube matar! Olho tudo e não vejo nada! E choro, sim, choro. E não me sinto fraca por isso, choro porque me faz falta a ingenuidade de que era provida há uns anos, choro porque não consigo olhar o amanhã com qualquer certeza. Choro porque aquilo que sinto se reflecte naquilo que sou, na fo

«O que é que dizem os teus olhos?» (talvez tudo resida nisto!)

Imagem
Que é que eu quero fazer da vida? Pergunta pertinente! Uma pergunta que me tem invadido a cabeça, vezes sem conta, nos últimos dias. Nestas coisas, há sempre as pessoas que gostam de tudo, as que não gostam de nada e eu! Eu que gosto de coisas tão opostas, eu que sou de extremos, eu que apenas me aproximo por exclusão de partes e nem assim chego ao cerne da questão. Eu sei o que quero, eu sei muito bem o que quero... Quero fazer imensas coisas! Quero fazer rádio, quero escrever crónicas e quiçá um livro, quero divulgar aquilo que há de melhor, quero fazer televisão, quero abrir uma galeria de arte, quero tirar um curso de fotografia, quero cantar, quero... sei lá. Eu quero fazer arte, arte à minha maneira, é certo, mas arte! E por que caminho vou? Por que entrada optar? Dentro da entrada que escolher, por onde sair? Que é que eu quero fazer da vida? Que é que eu vou fazer da vida? Que é que eu posso fazer da vida? Que é que eu devo fazer da vida? Que é que me deixam fazer d