Saudade Adormecida

Tocava na rádio a sua música favorita quando o semáforo ficou vermelho. Aproveitou para trautear o refrão e enquanto dançava reparou no condutor do carro do lado.
Conhecia aquela cara. Sentiu um aperto no peito, um nó na garganta, era ele! O seu melhor amigo do liceu, que não via há anos, estava ali. O rapaz olhou e ela sorriu! Ele virou a cara como se nunca a tivesse visto na vida. Naquele instante tudo parou. A rádio calou-se, as pessoas na passadeira pararam de caminhar, até os pássaros pararam de voar parecendo estar suspensos no ar. E à sua frente começou a passar um filme… Via-os aos dois, com treze ou catorze anos, sentados num banco de jardim a partilhar segredos. Reconhecia aquele sítio, era o jardim da escola que tantas vezes foi regado com as suas lágrimas.
Sentia agora uma enorme necessidade de lá voltar mas precisava daquele amigo. Apressou-se então a abrir o vidro do carro mas naquele momento tudo voltou a mexer, a locutora de rádio cuja voz sempre a encantou agora parecia irritante, as pessoas que antes pareciam estátuas na passadeira agora corriam ao ritmo stressante urbano e até um dos simpáticos pássaros resolveu deixar-lhe um presente no vidro do carro, o semáforo ficou verde e aquele individuo naquele carro cor de prata partiu indiferente. Imediatamente e incontrolavelmente as lágrimas escorregaram-lhe pelo rosto como se de uma criança indefesa se tratasse.
E, parada no meio de todo aquele trânsito, entre buzinadelas e insultos das vítimas apressadas dos horários, arrancou forças dos pedaços de passado e gritou «EU AINDA TE AMO!».
Conhecia aquela cara. Sentiu um aperto no peito, um nó na garganta, era ele! O seu melhor amigo do liceu, que não via há anos, estava ali. O rapaz olhou e ela sorriu! Ele virou a cara como se nunca a tivesse visto na vida. Naquele instante tudo parou. A rádio calou-se, as pessoas na passadeira pararam de caminhar, até os pássaros pararam de voar parecendo estar suspensos no ar. E à sua frente começou a passar um filme… Via-os aos dois, com treze ou catorze anos, sentados num banco de jardim a partilhar segredos. Reconhecia aquele sítio, era o jardim da escola que tantas vezes foi regado com as suas lágrimas.
Sentia agora uma enorme necessidade de lá voltar mas precisava daquele amigo. Apressou-se então a abrir o vidro do carro mas naquele momento tudo voltou a mexer, a locutora de rádio cuja voz sempre a encantou agora parecia irritante, as pessoas que antes pareciam estátuas na passadeira agora corriam ao ritmo stressante urbano e até um dos simpáticos pássaros resolveu deixar-lhe um presente no vidro do carro, o semáforo ficou verde e aquele individuo naquele carro cor de prata partiu indiferente. Imediatamente e incontrolavelmente as lágrimas escorregaram-lhe pelo rosto como se de uma criança indefesa se tratasse.
E, parada no meio de todo aquele trânsito, entre buzinadelas e insultos das vítimas apressadas dos horários, arrancou forças dos pedaços de passado e gritou «EU AINDA TE AMO!».
Comentários
adoro acordar , com uma a frase tua .
adoro.te meu amor : $
Está tão bonito, Cat, mesmo perfeito *-*
Não há palavras [':
Beijo <3
Cada texto uma vitoria, e eu fico para aqui olhar po ecra do pc boquiaberta com tanto talento e a perguntar a mim propria onde é que ela vai buscar esta imaginação? Ninguem me responde mas eu nao fico xateada, os teus textos dao-me a maior das alegrias acredita.
Tenho orgulho em ti miuda <3
Nunca deixes de fazer aquilo que fazes tao bem, pois eu tenho a certeza que gostas e quem lê ainda gosta mais *.*
Adoroo-te miudaaa
Ass: Beatriz Pais
Nao escondas este talento ..
Escreve mais que eu estarei aqui para ler e comentar
Beijinho
Bárbara Madeira
Ass: Ana Carolina
ADRT MANA
Apoiar-te-ei sempre, sempre, sempre, prometo !
Amo-tee
By: Ana Marques