um ano

Janeiro
16!
Promessas por cumprir, objectivos APARENTEMENTE cumpridos.

Fevereiro
O início e o início do fim.

Março
O fim! O arrependimento!

Abril
A ilusão!

Maio
Aqui começou o meu LONGO ano! Foi aqui que me apaixonei por ti. Nunca me tinha acontecido ter um dia, aquele dia certo em que pudesse dizer 'foi neste dia que me apaixonei', contigo sei exactamente que foi naquela noite que me apaixonei! Foram horas a fio a olhar-te de longe, a delirar com a tua silhueta sem ainda imaginar quem tu eras, sem nunca pensar que virias a tornar-te num confidente, sem poder supor sequer que te conheceria melhor que a maioria das pessoas.

Junho
Foi o início do sonho, o começar a acreditar, o achar que podia ser possível, o sentir que já estava perto, a certeza de que o passado já não afectava e o revelar de um novo eu feito para o teu tu. 

Julho/Agosto
Atingi o quase auge! Ter-te por perto, sempre, sem reservas, sem mal entendidos, sem dúvidas. Aprender a tua língua, falar com o teu olhar e saber decifrar o código que é o teu toque.
Noutra situação teria sido também o fim. A desistência não por falta de forças mas por faltas de hipóteses, de caminhos. Mas contigo foi diferente, contigo o sentimento venceu tudo e cresceu, cresceu e mostrou-me um outro caminho, o caminho da luta, da busca de chances. Um caminho que se revelou quase sempre paralelo a ti.

Setembro
Se é fácil correr ao teu lado? É, para mim é, sabes porquê? Porque quem corre por gosto não cansa. Sabes qual é a pior parte? É que duas rectas paralelas, apesar de serem infinitas, nunca se cruzam e por isso prefiro não ser uma recta realmente recta mas sim uma recta com curvas e desvios.
E aqui apanhei a minha primeira curva. Deixei, por breves instantes, de caminhar ao teu lado e toquei o teu precurso. Fui feliz!

Outubro/Novembro
A desilusão.
O apreço, o reconhecimento, a aproximação, o passar a ter-te como melhor!
O perder de alguém que tinha desempenhado um papel importante.

Dezembro
As lágrimas, o sofoco, o apagar do mundo, o renascer, a cabeçada, o perder e o não saber perder e o não querer perder e o não admitir que perdi.
Os mal entendidos, o sentir-te a fugir-me por entre os dedos, as explicações mal dadas, a tua desilusão, o meu medo!


E porque o ano ainda não terminou eu espero poder chegar ao fim tomando de novo a minha recta, paralela à tua, mas tão próxima que os mais desatentos possam confundi-las com cuincidentes!

Comentários

Alexandra disse…
nada do que tu escreves é manhoso (: adorei o resumo do teu intenso ano (:
Filipa Teixeira disse…
Gosto da tua coragem, do teu acreditar, da tua esperança! Espero um melhor fim de ano que o meu!
Quando já se sofreu muito, o medo bate sempre à porta... sofrer é como perder sangue todos os dias, quando nos queremos levantar já não somos capazes, falta-nos a força, foi o que me aconteceu...

Vai metendo vírgulas, pelo menos enquanto achares que um ponto final fica mal! E se fica mal não vale a pena deitar o texto todo fora por causa de uma suposição de sinais de pontuação!

Deixo, desde já, umas boas festas e uma continuação de tão boa escrita! :)

Filipa Teixeira.