Rádio Rabisco

Deixando de parte os meus momentos de incredulidade perante o mundo ou as pessoas; afastando aquela pequenina raiva que, por vezes, me consome ao ouvir certos comentários ou decisões; esquecendo, apenas por momentos, a insensatez de crianças presas em corpos de adultos, hoje quero falar de amor. Mas amor a sério, que nestas coisas gosto pouco de brincadeiras. Não, não vos vou falar de uma ou outra paixoneta de Verão, dos tórridos namoros de adolescentes convencidos de que são pessoas grandes, nem tão pouco do desejo que TODOS nós, num ou noutro momento, vamos sentindo por um outro alguém. Não, nada disso. Hoje, quero falar-vos do meu amor a uma página em branco. Estranho?! Provavelmente, pelo menos assim, à vista desarmada. Recuso-me a deixar um papel em branco, assim mesmo, em branco. Faço dele o meu palco, da caneta as minhas sabrinas e das frases o meu bailado. Se, há uns anos, me dissessem que umas palavras rascunhadas eram mais do que isso, não acreditava. O impensável ...