Quase cara ou coroa

Desde pequenos, desde muito pequenos, que somos ensinados a olhar para os dois lados da estrada antes de atravessar. Dizem-nos vezes sem conta que não falemos com estranhos. Ensinam-nos a contar, a soletrar, a pintar. Dizem-nos que o melhor tempo é o da escola. Contam-nos histórias antigas. Protegem-nos da melhor forma que podem e dão-nos muitas vezes aquilo que não podem. Mas todos, sem excepção, se esquecem que o melhor professor será sempre a vida e que se não fizermos por nós próprios, que se não errarmos, que se não formos curiosos e descobrirmos, nunca sairemos do nosso casulo em busca de algo diferente.
Quando se parte de mochila às costas, para um lugar onde tudo é desconhecido, onde até as árvores rosnam murmúrios diferentes, é isto mesmo que fazemos. Procuramos área fora da nossa zona de controlo, mesmo sem nos apercebermos, desafiando-nos a nós próprios, à nossa capacidade de resistência e de improviso. Por muitos planos que sejam feitos, nada segue uma linha recta e num momento ou outro, acontece o inesperado.
Estava tudo prestes a terminar quando um (nada) simples 'gosto muito de vocês' mudou tudo. Virou o rumo à história. É estranho quando sentimos que em meia dúzia de horas dizemos e ouvimos aquilo que não fizemos em dias, semanas, meses ou anos passados. Pois aqui vos digo que se houve coisa que valeu a pena foi seguir a "Linha Azul da Vida" na vossa companhia.
Até breve!

Comentários

Helena disse…
Gostei mesmo muito.
E obrigada.
Anónimo disse…
e agora vamos juntas :)) !