Pedaços de mim (e de ti, quem sabe) - músicas da minha vida (PARTE 1)

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É tão fácil encontrar homens-robot e mulheres-máquina que chega a ser estranho quando conhecemos gente de carne, osso e emoção. Se passearmos na rua e prestarmos atenção a quem nos rodeia, percebemos que mais do mesmo se encontra nestas horas de ponta, o corpo pede a alma! Nunca quis ser assim e é por isso que a minha vida é um sobe e desce, um corrupio de sentimentos, uma luta constante comigo e com o resto do mundo; nada de muito físico, é claro, prefiro deixar o Bruce Lee entregue às artes marciais. Todavia, gosto de acreditar que sou de outra colheita, que sou diferente do resto do mundo e que é isso que me distingue. Para mim só tem sentido na contramão, nunca fui só porque os outros iam e não acho que isso seja viver. Viver é agarrar o sonho e eu sou um só ser que quer a vida. E quero-a tanto que se me prender à ideia de que um dia hei-de morrer, estendo o meu xaile no chão e deixo-me adormecer. Mas como não sou de desistir, prefiro viver no limite, acreditar que é esse turu turu turu aqui dentro que faz com que valha a pena estarmos cá. Gosto de fazer com que cada dia valha mil anos nas contas da tua vida e, se depender de mim, havemos de ter a eternidade para nós, quem sabe um jantar, podemos comer sushi ou frango de churrasco, tanto faz. Não sou de ninguém, porque sou do mundo e porque o mundo é meu. Sou a voz do coração numa carta aberta ao mundo, sou um espelho de emoção e não aceito ser de outra forma. Quando me meto conscientemente em aventuras inconscientes quase ninguém me percebe, toda a gente fon fon fon, só desdizem o que eu digo, o que eles não sabem é que em tudo me dediquei de coração e do resto do mundo não quis saber. Se correu sempre bem? Não, claro que não. Quantas vezes questionei se teria sido tonta em tentar a sorte? Quantas vezes me meti numa ou outra situação caricata como nó de gravata, que não ata nem desata? Também desanimo, perco a fé, marcha a ré, mas para a frente é que é. E é por tudo isto, por viver até não poder mais que faço das lembranças um lugar seguro, que vivo bem comigo e que, cada vez mais, tenho a certeza que os loucos estão certos. Todos os dias, de uma ou outra forma, subo e desço a rua da alegria, vejo os aviões levantar voo, a rasgaras curvas, rasgar o céu sabendo que um dia serei eu a voar pela janela e até às nuvens subir e quando chegar lá acima, vou olhar para baixo e sei que terei o meu mundo lá em baixo a aplaudir

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