corações arquitetónicos
Será
possível concebermos a nossa vida como uma cidade? Uma cidade em que cada
edifício tem uma história para contar, edifícios podres de mau génio, edifícios
caídos de sofrimento, edifícios restaurados por fora e corroídos por dentro,
edifícios com mau aspecto mas um coração enorme e de ouro, edifícios mais
importantes, edifícios que só estão para ocupar espaço, edifícios mais perto,
edifícios mais longe, edifícios que fazem parte do nosso condomínio… E nós? Que
somos nós nesta cidade? Por mim seremos duas casas geminadas, simétricas, com a
mesma entrada e núcleos iguais. Pouco importa quem mais nos habita porque já
nos habitamos um ao outro. Quando tocarem na minha campainha, tu também ouves e
quando o teu alarme soar, eu hei-de acordar como se fosse o meu. Vens ser isto
comigo?
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