Be my voice, write the end!
Como tantas vezes faço, peguei na caneta e escrevi. Escrevi um parágrafo e uma espécie de bloqueio mental fez-me parar por ali. Fiz como de todas as outras vezes que isso me aconteceu: parei de escrever e guardei o papel. Mas, confesso, tinha mesmo vontade de terminar aquele texto. Não me perguntem porquê, mas tinha gostado daquele parágrafo. Nos dias seguintes, bailou na minha mente.
Numa noite quente e desocupada de Verão surgiu em mim uma ideia. Tenho uns quantos amigos que são tão apaixonados por letras como eu e, por isso, pedi-lhes que pegassem naquele meu início e o continuassem, da maneira que achassem melhor. Expectava receber textos completamente diferentes uns dos outros e consegui e devo dizer-vos (aos meus amigos que alinharam na brincadeira) que alguns escrevem ainda melhor do que eu imaginava.
Tenho agora uma pequena coletânea de textos que vou publicar gradualmente. A ordem será aleatória, à exceção do meu, que será o último porque acho que devo ceder os lugares dianteiros a quem me ajudou a concretizar a ideia.
Deixo-vos o tal parágrafo, o início de todos os textos, para aguçar o apetite. Fiquem atentos!
Amanhã
vou buscar-te à hora de sempre. Desces com os sacos do lixo e fazes-me sinal
para esperar uns minutos. Quando entras no carro dás-me aquele teu beijo curto,
quente e doce.
Obrigada por terem sido a minha voz!
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